Ter ou não ter sócios em seu negócio?
Uma sociedade é um casamento. Com dinheiro em primeiro lugar.
Esta frase pode realmente assustar quem quer empreender e pensa se deveria oferecer sociedade ou tentar conduzir o negócio próprio sozinho.
Mas a frase não esconde justamente aquilo que é o objetivo: ganhar dinheiro juntos. Uma sociedade, assim como um casamento, é feita para durar. E nas sociedades, o envolvimento em uma série de responsabilidades, compartilhadas ou conjuntas, torna ainda mais intensa a convivência e claro, os riscos desavenças.
Não há uma resposta fechada quando existem duas ou mais pessoas envolvidas, com suas bagagens, experiências, pontos de vista e competências. E muitas vezes só vamos ter uma resposta depois de passar por uma experiência em sociedade – boa ou ruim.
Mas podemos avaliar alguns aspectos que ajudam na decisão – que muitas vezes é a única – de ter ou não ter sócios em seu negócio?
O sócio deve complementar conhecimento
O sócio deve ser complementar às suas competências. Pouco vai agregar se ambos forem ótimos em administração e finanças mas não terem habilidades comerciais, por exemplo. As melhores sociedades naturalmente se dividem em tarefas para potencializar os resultados em todas.
Mas lembre-se: ambos tem direito a opinar nas áreas do outro, mesmo que para apenas entender como as coisas estão. É importante a maturidade de que o cuidado de ambos é que faz o negócio crescer.
O sócio deve gostar do que a empresa vende
Parece óbvio, mas acontece muito em sociedades de capital e trabalho: o financista apenas quer conduzir a performance financeira, sem envolvimento ou gosto pelo produto. Isto tende a dar errado, pois é preciso que ambos, sendo representantes da empresa, vendam os produtos onde estiverem e com o mesmo entusiasmo.
O sócio deve compartilhar dos mesmos valores
Este aspecto precisa ficar claro desde o começo: se a sua empresa será focado nas boas práticas, do imposto ao governo até a entrega do produto, o sócio deve compartilhar delas, para que não haja ruídos e cobranças de resultados ruins por falta de flexibilidade.
É uma causa frequente de rompimentos de sociedades, infelizmente.
Sócio amigo. Pode?
Certamente sim. É melhor ser sócio de amigo do que de um estranho.
Principalmente porque vocês já se conhecem e sabem dos valores de cada um. É uma primeira etapa vencida. Porém, é importante que o envolvimento afetivo não atrapalhe as discussões decisões que precisam ser tomadas.
As sociedades entre pessoas que têm um relacionamento pessoal tendem a ser relaxadas demais para não afetar a amizade ou controladas demais para não deixar a amizade prejudicar. Os dois lados são prejudiciais, para a empresa e a relação pessoal.
É fundamental que se encontre um ponto de equilíbrio.
Em uma sociedade, os conflitos são esperados
Em todas as relações existem as discussões – sadias – sobre os mais variados assuntos. Isso é natural, e nas sociedades de empresa é até esperado.
Sócios são pessoas que possuem uma bagagem de experiências e habilidades e a união tem por objetivo justamente potencializar esses pontos positivos de cada um em prol do sucesso de um negócio.
É importante que nenhum deles se sinta inibido ou intimidado pela personalidade de outro. Boas ideias e muito da motivação se perdem neste desequilíbrio de espaço. E a sociedade tende normalmente ao fim – nem sempre feliz.
Você está preparado para ter sócios?
Muitas vezes pensamos no que a pessoa precisa ser ou ter para uma sociedade, e esquecemos de nós mesmos.
Alguns pontos são primordiais para que você possa trabalhar em sociedade:
- Gostar de trabalhar em equipe.
- Ouvir melhor do que falar.
- Dividir sucesso e fracasso em partes iguais, mesmo que as cotas da sociedade não sejam assim.
Muitas vezes não conseguimos dar conta de tudo sozinho não é mesmo? Por isso pense bem antes de realizar uma abertura de empresa.