Vivemos hoje em dia uma sociedade hiperconectada. Podemos falar e ver pessoas de qualquer parte do planeta através de programas e equipamentos. Documentos podem ser enviados em segundos para o outro lado do mundo, para onde levaria dias ou semanas por correio.
Jamais poderíamos imaginar tantas facilidades. Mas todo este cenário também cobra um preço: estamos superexpostos digitalmente.
Nossos dados, preferências de consumo e hábitos circulam pelas redes e nem sempre estamos protegidos, principalmente nos ambientes digitais que não temos controle. E com isso aumentam também as possibilidades de invasão de privacidade.
É preciso investir em cuidados com o capital intelectual (dados) e com as redes de dados.
A violência e a insegurança também são, infelizmente, marcas dos nossos dias atuais. Os cuidados com a segurança patrimonial e com as redes de telefonia são fundamentais, mas residências e nas empresas.
Avançarmos no uso das tecnologias a nosso favor e a favor dos negócios é inevitável, mas podemos usa-la também para buscar a privacidade ao invés de simplesmente estarmos nos riscos por tanta exposição digital e física.
Algumas inovações são aliadas para proteger você e seu patrimônio físico e digital. A tecnologia pode ser uma aliada em nossas vidas.
Hoje são muitos os recursos inovadores na forma de monitorar a segurança nas residências, condomínios e empresas. Vamos destacar algumas:
São um dos recursos mais novos e também com grande potencial de eficiência. Os drones podem monitorar uma área muito maior do que as câmeras conseguem alcançar, ter a visão aérea, cujas imagens (fotos ou em movimento) ajudam mais a prevenir ou decidir o que fazer no caso de ações suspeitas.
Este recurso permite que cadastrar rostos conhecidos e monitorar uma possível ameaça. E também pode fazer o controle de acesso, permitindo apenas pessoas autorizadas conforme os registros faciais cadastrados.
Ele permite que apenas pessoas cadastradas biometricamente possam abrir acessos dentro de condomínios, empresas e residências. E também tem a opção de cadastrar de uma segunda digital especialmente para a pessoa usar quando estiver refém de um invasor e assim avisar a central de monitoramento.
Os dados gerados nas empresas e por nós mesmos no dia a dia pessoal são um ativo até mais valioso que equipamentos e veículos. Hoje em dia temos vários tipos de ameaças virtuais e precisamos estar protegidos o tempo todo.
O tipo de ataque muito conhecido atualmente é o ransomware, onde os dados são sequestrados e liberados mediante pagamento de resgate. Além de não haver certeza de que podem ser copiados antes de devolvidos – algo crítico na espionagem empresarial.
Esta é uma forma eficaz de proteger as mensagens e anexos que você desejar enviar e receber. Todo o conteúdo é embaralhado de uma forma que somente o destinatário poderá ler se tiver uma chave privada para descriptografar;
É um recurso que deveria ser obrigatório a todos os usuários, de tão importante que ele se torna no dia a dia. As versões gratuitas já oferecem atualmente recursos que garantem uma proteção da privacidade de usuários domésticos e sem volume de dados estratégicos.
Para empresas ou pessoas que movimentam dados que precisam de proteção maior – os profissionais liberais, por exemplo – as versões pagas das marcas mais conhecidas garantem uma segurança de excelente nível. E valem o investimento.
Uma forma de proteger a privacidade ao fazer ligações telefônicas é o Ligar Restrito – um procedimento em que seu número não será identificado no destino na ligação. Isso impede que empresas de telemarketing – e terceiros de posse da lista das empresas – possam retornar uma ligação sua, eliminando os inconvenientes.
Você sabe como ligar restrito ? pode ser mais simples do que você imagina.
O mercado dispõe de diversos aplicativos de smartphones e celulares onde você pode incluir determinado número em uma lista de bloqueio e assim se livrar de telefonemas suspeitos ou repetitivos.
A Medicina do Trabalho ou Saude Ocupacional é um ramo da saúde que cuida do bem-estar e segurança no ambiente de trabalho. Surgida no final do século XIX, com o avanço dos direitos trabalhistas e em vigor desde o final da década de 70, fica estipulado por lei a responsabilidade do empregador com a saúde de seus funcionários.
Em 1994 surge o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional que obriga as empresas a realizarem os exames admissionais e demissionais para garantir o bem estar dos contratados. Também é responsabilidade da empresa agendar exames periódicos aos funcionários a fim de atestar um ambiente salubre e seguro para se trabalhar.
Quem cuida deste ramo da saúde são enfermeiros, médicos e peritos especializados a identificar e prevenir doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho.
Algumas funções oferecem riscos à saúde do funcionário, talvez por um movimento repetido por muitas horas, ou fatores aos quais os empregados são expostos que podem prejudicar sua audição, visão ou a integridade física como um todo.
Exemplos bem conhecidos são as LER – Lesões por Esforço Repetitivo, presentes em grande parte das indústrias com linhas de montagem.
É com o apoio da Medicina do Trabalho e dos Técnicos em Segurança do trabalho que estas lesões são identificadas e sanadas.
Imagine, por exemplo, uma indústria onde os empregados estão expostos constantemente a um barulho alto, a longo prazo a audição pode ser grandemente danificada. Através de exames e acompanhamento realizados por uma equipe de Saúde Ocupacional, se atestado este risco, em conjunto com Técnicos de Segurança do Trabalho podem oferecer uma alternativa de prevenção com o uso de plugues de ouvido que protegem os funcionários do barulho.
A Medicina do Trabalho tornou-se uma ferramenta muito importante aos direitos humanos e dos trabalhadores. Um exame admissional pode atestar que o funcionário entra na empresa com a saúde em dia, enquanto o demissional vai confirmar se o ambiente de trabalho ofereceu ou não perda na sua saúde. Em contrapartida, os exames periódicos e a fiscalização vão garantir que a empresa mantenha o ambiente de trabalho seguro e saudável.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho), um órgão cuja principal função é a luta pela melhoria das condições de trabalho, foi criado após a Primeira Guerra Mundial, baseada principalmente no tratado de Bruxelas, que em 1910 elaborou pela primeira vez, uma lista com as principais doenças ocupacionais. Assim surgia a Medicina do Trabalho e a proteção aos trabalhadores.
A Saúde Ocupacional só começa a ser aplicada em larga escala no Brasil no final da década de 70, com a expansão industrial do país. Com a constituição de 88 e as revoltas sindicais, o país consegue baixar o número de acidentes do trabalho que atingia um dos maiores números do mundo.
Hoje, muito já se foi ganhado com a Medicina do Trabalho, as empresas buscam deixar claro os direitos dos trabalhadores e o Governo mantém benefícios em casos de acidente, como o INSS e o CAT. Com a reforma trabalhista em vigor, depende mais ainda da equipe médica por trás da saúde ocupacional para atestar a salubridade do ambiente de trabalho e os riscos que este oferece aos funcionários.
Nem sempre levada tão a sério, mas importante na defesa dos trabalhadores de todo o mundo. A Medicina do Trabalho pode ser considerada um dos maiores ganhos conquistados pelos trabalhadores.
Hoje, mais do que nunca, esse tema está muito em voga. A humanidade vem passando por diversas transformações do meio de trabalho, viemos da agricultura, passamos pelas eras do Ferro e do Cobre, a Revolução Industrial e agora, estamos no meio de uma Revolução Tecnológica.
A força de trabalho fica cada vez mais em segundo plano, ainda amplamente explorada por Industrias e no Agro, mas ainda assim sendo substituída aos poucos pela tecnologia. Com essas mudanças o Capital Humano ganha mais foco.
E o que é o Capital Humano?
O Capital Humano não é mensurável, é aquilo que você aprende e te capacita a trabalhar em alguma área. É diferente da Força de Trabalho, que é uma mão de obra física. O Capital Humano é a força de trabalho intelectual, resultado de cursos, faculdades, domínio de outras línguas, conhecimento e talento que permite que o funcionário exerça uma função que não depende de maquinarias ou da força física de trabalho. Um profissional de TI, por exemplo, é o Capital Humano de uma empresa, pois ele não precisa de força de trabalho, e o que tem a oferecer aos seus empregadores é apenas o seus conhecimentos intelectuais.
O conceito de Capital Humano é elaborado pela primeira vez entre as décadas de 50 e 80, e principalmente por Gary Becker, nos anos 60, derivado dos conceitos de capital fixo (maquinaria) e capital variável (salários). Porém, muito antes, Marx já havia levantado esta questão analisando a venda dos “talentos” de cada um para o sistema capitalista.
Qual a importância do Capital Humano em um ambiente Corporativo?
Com as profundas modificações no mercado de trabalho com a revolução tecnológica, a gestão do Capital Humano passa a ser uma importante ferramenta para garantir a máxima produtividade em uma empresa.
Acompanhe, usando conhecimentos de psicologia, relações humanas e gestão de pessoas; podemos identificar os talentos e fraquezas das pessoas que trabalham em uma certa empresa.
Com o máximo aproveitamento destes talentos, e o mínimo impacto destas fraquezas, a empresa obtém o máximo de produtividade de cada funcionário. A gestão do Capital Humano diz respeito a isso.
Hoje em dia, a cultura empresarial de que funcionários felizes, bem aproveitados e tranquilos produzem muito mais do que os oprimidos e explorados vem tomando força. As empresas investem cada vez mais em capacitar o intelecto de seus funcionários com programas de bolsas de estudo, workshops e até mesmo benefícios de controle ao estresse.
Dessa forma, empresas que dependem 100% do capital humano, como as Agências de Propaganda, Empresas de TI, Centros de Saúde ou Educacionais e afins, conseguem maximizar a produção com a gestão do Capital Humano e incentivo ao desenvolvimento de talentos, uma vez que a matéria prima explorada não é física, e sim intelectual.
Eventualmente, as empresas perceberão que funcionários com síndrome do Prego e do Parafuso se tornam improdutivos. Ou seja, um ótimo prego não necessariamente será um bom parafuso, e o gestor que não enxerga isso mantém uma receita contra-produtiva.